O verão 2026 é marcado por uma dualidade: por um lado, a busca por conforto, naturalidade e sustentabilidade; por outro, expressão, cores fortes, nostalgia renovada e experimentação. Essa combinação está presente tanto nas cores, como nos tecidos, nas estampas e nas silhuetas. Há também uma tendência de reconectar com o artesanal, com o humano, rompendo um pouco com o capricho digital e impessoal.
Principais tendências
Aqui estão o que especialistas, desfiles e previsões de moda apontam como destaques:
Cores
Tons vibrantes como laranja, tangerina, “butter yellow” (amarelo manteiga) estão em alta. Neutros repaginados — beges amarelados, verdes suaves, terrosos — oferecem contraste ou base para as cores fortes. 1 Paletas como “Amber Haze”, “Blue Aura”, “Electric Fuchsia” são citadas entre as cores chave.
Tecidos e materiais
Tecidos fluidos, transparentes, camadas leves: organza, tule, rendas; sobreposições que permitem respirar no calor. Materiais naturais, fibras sustentáveis, texturas artesanais com aspecto orgânico.
Silhuetas / cortes
Silhuetas mais livres e confortáveis — pantalonas, vestidos longos, peças que fluem com o corpo. Modelagens românticas, babados, volumes retrô (“retro” romântico), contrastes de “delicadeza” com elementos mais urbanos. Também cortes ajustados aparecem: cinturas marcadas, peças alfaiataria leve.
Estampas e detalhes
Poás/polkas (bolinhas), xadrezes, checks são fortes nas previsões. Transparências, hot pants, bodies e conjuntos que mostram lingerie ou camadas internas de forma estilizada. Detalhes artesanais: bordados, rendas, crochê, acabamentos manuais.
Acessórios / calçados
Sandálias tipo flip-flops com tratamento de luxo, plataformas, slides confortáveis dentro de propostas casuais. Lenços — no pescoço, bolsa, cabeça — continuam como peça curinga. Óculos oversize, brincos visíveis, correntes pendentes simples ou mais marcantes
Sustentabilidade e consumo consciente
Consumo mais lento, peças de melhor qualidade que duram; preocupação com origem dos materiais, transparência nas cadeias produtivas. Reaproveitamento, tingimentos naturais, fibras orgânicas.
Como essa moda se adapta bem ao Brasil
No contexto brasileiro (clima tropical, diversidade cultural, realidades econômicas variadas), algumas adaptações são bastante interessantes:
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Usar tecidos leves e respiráveis (linho, algodão, viscose) para lidar com calor e umidade. Transparências e camadas leves funcionam bem, mas devem ser confortáveis, sem pesar.
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Cores tropicais são sempre bem-vindas; aproveitar a cartela vibrante para looks de praia, festivais, vida ao ar livre. Tons de verde, amarelo-tangerina, laranja queimado, azul-turquesa, rosa vivo etc.
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Estampas com identificação local: flora brasileira, grafismos regionais, artesanato. Esses detalhes trazem autenticidade e valorizam cultura.
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Poder compartilhar peças: coleção cápsula com cores statement + peças neutras, para que o guarda-roupa funcione bem para diferentes ocasiões.
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Atenção aos acessos: sandálias confortáveis, versões de flip-flops mais trabalhadas, bolsas leves, óculos com proteção UV etc.
Possíveis apostas para quem produz ou curte moda
Se você está planejando conteúdo, coleção, ou quer escolher looks que “pegam”, aqui vão algumas apostas seguras:
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Looks monocromáticos vibrantes: vestindo uma cor forte da cabeça aos pés (tom laranja, amarelo, verde), combinado com acessórios neutros.
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Mix de transparência + sobreposição: saia ou pantalona transparente + body ou shortinho por baixo; camadas fluídas para trazer leveza.
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Romantismo modernizado: babados, rendas, formas delicadas associadas a cortes contemporâneos; talvez contraste com sapatos mais robustos ou acessórios ousados.
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Streetwear tropical: peças leves, plus estampa, plus conforto, plus cores fortes; sandálias, slides, tecidos naturais; ideal para viagens ou momentos de lazer.
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Peças “statement” artesanais: bordados, crochê, rendas feitas à mão; valorização do trabalho manual e da autenticidade do toque humano.
Desafios e oportunidades
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Desafios: custo de materiais sustentáveis pode ser maior; produção artesanal exige mais tempo; peças muito chamativas podem ter menor aceitação em mercados que preferem neutralidade.
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Oportunidades: público cada vez mais consciente quer significado nas roupas; destacar identificação regional, autenticidade pode dar diferencial; redes sociais favorecem visuais fortes e fotos coloridas — ótimo para campanhas.
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